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EVANGELHO QUOTIDIANO

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

"Como Levar a Bíblia ao Povo de Deus, Hoje"

1. Critério fundamental: “E necessário que toda a pregação da Igreja (...) se alimente e seja orientada pela Sagrada Escritura” (DV 21). O centro da palavra de Deus é a pessoa de Jesus, etc.

2. CRIAR ESTRUTURAS PARA PÔR EM RELEVO A PALAVRA
2.1. A Igreja nada impõe a propósito da Palavra,
nem criou oficialmente qualquer estrutura específica em relação ao estudo da Bíblia para a formação permanente dos leigos.
a)
É necessário tornar mais bíblica a pregação de certas devoções.
b)
Evitar a pregação moralista sem qualquer suporte bíblico ou com uma ligação duvidosa à Palavra.
c) É necessário promover e difundir as Comunidades da Palavra, em diferentes lugares das paróquias, onde não há possibilidade de qualquer celebração.
d) Credenciar oficialmente o “Ministro da Palavra” (DV 23). Mas, primeiramente, é necessário formá-los, com a devida preparação.
e) Fazer da Bíblia o principal instrumento da catequese de adultos, mediante a “Escola Bíblica” ou “Escola da Palavra”. A Palavra deve ser estudada, a fim de que os fiéis não caiam em leituras fundamentalistas ou moralizantes.
f) A experiência do card. Martini, em Milão, sobre a Escola da Palavra para jovens, é uma maneira muito simples e modelar de levar a Palavra aos jovens:
g) Serões com a Lectio Divina: é outro exercício popular com a Bíblia, seis dias seguidos.
h) Fundar pequenos grupos bíblicos ou Células da Palavra, a partir de breves e simples Cursos Bíblicos.
i) Para remediar catequeses demasiado superficiais e pouco “profissionais”, deveria instituir-se quanto antes o Ministério de catequista.
j) Instituir a Bíblia da Família. Uma Bíblia grande estaria em lugar especial e de destaque como sacramento da presença de Cristo na casa. Este destaque ficaria ao livre arbítrio dos membros da família que deveriam combinar o espaço, o adorno e o que fazer com a Bíblia: ler um versículo à entrada e saída, uma breve leitura partilhada todos os dias ou, pelo menos, uma vez por semana, que seria o “dia da família”, etc.
l) A Assembleia Bíblica Mundial (Bogotá, 1990) recomendou a reflexão bíblica em grupos, assim como o Sínodo dos Bispos sobre a Palavra.
m) Criação de uma Comissão ou Secretariado Episcopal para a Formação Bíblica.
Tudo isto não dispensa um Plano Nacional de Pastoral Bíblica, que aponte caminhos e pistas para a formação bíblica do povo de Deus. A DV insiste nos deveres do Magistério (papa e bispos) em relação com a pastoral da palavra de Deus.

3. Resistências a uma pastoral bíblica
a) O clericalismo tradicional, de clérigos e leigos
, que leva à passividade e a uma visão liturgizante da fé cristã, eliminando praticamente toda a dimensão profética da mesma.
b) Falta de sensibilidade do clero para uma pastoral centrada na Bíblia, que impede qualquer tentativa de renovação da Igreja.
c) Mentalidade sacramentalista dos párocos, que impedem os leigos de entrar na dinâmica da Palavra.
d) Desconfiança, por parte dos padres e bispos, dos pequenos grupos e comunidades que usam a Bíblia. Esta desconfiança dos pequenos grupos leva ao monopólio da pastoral por parte dos párocos, o que traz as consequências nefastas de todos conhecidas.
e) A este aspecto vai ligado o de certas mentalidades que lutam por uma Igreja de massas em vez de uma igreja evangelizadora através de pequenos grupos.
f) Em muitas comunidades há apenas a preocupação de levar o Catecismo às pessoas, sem levar a Bíblia.
g) Ritualismo estereotipado na celebração da Eucaristia, que afoga toda a iniciativa.
h) Marianismo ou Cristianismo?
i) Falta de confiança nos leigos (Christifideles laici)
j) Facilitismo cristão: paróquias, “loja do Cidadão” dos católicos.

4. Da Palavra à Eucaristia
4.1. Os liturgistas têm exaltado a Liturgia como espaço especializado da leitura da Palavra. E é verdade, como é afirmado na constituição Sacrossantctum Concilium do Vaticano II. Mas a Igreja não diz que este é o único espaço de contacto com os Livros Santos. Há muitos outros espaços individuais ou comunitários onde a Bíblia deveria tornar-se o alimento fundamental do cristão.
4.2. A preparação para a Eucaristia deveria começar pela preparação da Palavra, pois Cristo-Palavra tem sido, efectivamente, relegado para segundo lugar.
* Seria ideal que a homilia fosse participada, antes ou durante a celebração.
* A necessária utilização do mesmo texto que os fiéis lêem em particular ou na liturgia.

DA PASTORAL BÍBLICA À ANIMAÇÃO DE TODA A PASTORAL:
3ª descida
5. DO MOVIMENTO BÍBLICO À ANIMAÇÃO BÍBLICA DE TODA A PASTORAL

5.1 A DV 21-26 é o ponto de referência desta temática. Tem havido três etapas na formulação do Movimento Bíblico em relação com a pastoral bíblica: a) Movimento Bíblico; b) Pastoral Bíblica; e) Animação bíblica de toda a pastoral. Hoje não se fala tanto da pastoral bíblica, mas da Animação Bíblica de toda a Pastoral.

6. Ainda é actual a Pastoral Bíblica? Fica a questão: Se a Escritura deve estar presente em toda a pastoral, com toda a sua pluralidade de riquezas, haverá ainda lugar para a Pastoral Bíblica? É evidente que sim. Vários motivos, sobretudo devido à profunda ignorância bíblica dos católicos, em geral.
6.1. Papel da Palavra e da Animação bíblica da Pastoral.
6.2. Projecção de Animação Bíblica da Pastoral. Algumas pistas….

7. CONCLUSÕES: A 5ª Conferência Geral de Aparecida decidiu: animação bíblica da pastoral, cuja finalidade é animar, consolidar e guiar o ser e actividade da evangelização da Igreja: pressupõe que a Bíblia seja o sujeito da evangelização e, por esse facto, de todas as actividades pastorais da Igreja, que se converta no elemento fundante e transversal de todas as pastorais, que se considere como a sua fonte e o seu modelo, na dinâmica Bíblia e Vida.

7.1. Se Jesus é a Palavra incarnada, ao dirigir-se aos homens, a sua finalidade primeira é reunir à sua volta, convocar, formar a Igreja como comunidade da Palavra. Porque, se são convocados pela Palavra, o conjunto dos discípulos – a Igreja – não podem deixar de ser uma comunidade da Palavra. Por isso, há uma relação dinâmica entre Palavra e Igreja e esta relação é, por assim dizer, de causa-efeito: a Igreja é uma criação da Palavra (DV 8). A Igreja é ouvinte da Palavra, antes de ser anunciadora. Por isso poderia definir-se como discípula da Palavra (EN 15).

7.2. Mas tudo o que acabamos de dizer, a propósito da Palavra, desemboca, naturalmente, no carácter missionário da Comunidade cristã. O Espírito, alma da Igreja, não é um Espírito fechado ou trancado por portas ou ferrolhos, como antes do dia do Pentecostes. É urgente encontrar estruturas de acolhimento, onde, no irmão/irmã que acolhe, os que andam talvez afastados da Igreja, encontrem o rosto acolhedor de Jesus (Lc 15,1-3).
É urgente encontrar estruturas de encontro das pessoas, no sentido de desmassificar, dividir as pessoas em pequenos grupos, onde cada um encontre não só um amigo ao nível humano, mas também o lugar da vivência e da expressão da sua própria fé. É isto que fará da paróquia uma Comunidade de comunidades. Será bom pensar que a paróquia já não é o único lugar da evangelização e do encontro celebrativo da fé dos católicos. A “paroquialite” de certas pessoas, não tendo em conta este facto sócio-religioso, combate os grupos ou marginaliza-os, em vez de os integrar, como outros tantos carismas, que tanta falta fazem nas nossas comunidades.


Frei Herculano Alves, OFMCap (trabalho apresentado no 5º dia da XV Semana Bíblica Diocesana 27/11/09)

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