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EVANGELHO QUOTIDIANO

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

"Nós pregamos um Messias crucificado”. (Cor 1, 22-23) I

1ª parte
Introdução

“Falar sobre a cruz de Cristo!”. Não é propriamente fácil abordar um tema onde teólogos e pensadores de todos os quadrantes já discorreram rios de tinta imprimindo milhares de livros, artigos, e até teses de doutoramento sobre o fim-de-semana mais marcante da história da humanidade.

Este é dos temas que se pode abordar de muitas formas, porque a cruz é chave ou lente por onde se lê toda a História da Salvação. Pois, a cruz é a maior provocação à história e à lógica humana!
Opto pela perspectiva da dupla dimensão que a cruz nos apresenta, verticalidade e horizontalidade, a partir de dois textos de Paulo: Filipenses 2, 1-11 e Coríntios 1, 17-31:
Perspectiva vertical: relação de Jesus com Deus e de Deus Pai com Jesus.
Perspectiva horizontal: relação de Jesus com a humanidade e da humanidade com Jesus.
Termino com algumas considerações finais actualizando, tanto quanto possível, o mistério da Paixão de Cristo: qual é o lugar da cruz, na vida concreta das pessoas?

Antes de mais nada, existe uma inquietante questão que necessitamos encontrar resposta: Porque mataram Jesus? Se Ele só fez o bem, se Ele era tão bom, porque quiseram exterminá-lo? E de forma tão brutal?
A morte de Jesus não pode ser entendida sem olharmos a sua vida; por sua vez, a sua vida não é compreensível sem Aquele para quem Ele vivia, ou seja, o Pai do Céu. Por outras palavras, é a sua vida e a forma como viveu que dá sentido último à sua morte.
Jesus é condenado e morto na cruz por aqueles que não só queriam a sua morte, mas principalmente, desejavam o extermínio do Deus que Jesus apresentava.
Cristo aposta toda a sua vida mostrando-se sempre livre e fiel ao Pai de Céu: usando de Misericórdia e Amor para com todos. Relembra aos poderosos do seu tempo, as palavras da Escritura: “Ide aprender: Eu quero a Misericórdia e não sacrifícios”.
É bem verdade que certos relatos do NT apoiam a morte de Jesus na perspectiva sacrificial, ou seja, era necessário o sacrifício, o derramamento do seu sangue na cruz para que Deus perdoasse os nossos pecados, daí algumas expressões: “Cordeiro pascal imolado” (Cor 5, 7), “Cordeiro reconciliador” (Ap 5, 9), “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, nas palavras de João Baptista. À semelhança dos sacrifícios antigos o sangue de Cristo derramado na cruz selaria a nova aliança entre Deus e os homens, para o perdão dos pecados (Mt 26, 28; Mc 14, 24; Lc 20, 20).
Podemo-nos interrogar: Será que Jesus salvou-nos só pelo seu sofrimento? Penso que não! O que nos salvou foi toda a pessoa de Jesus Cristo: desde a encarnação à cruz, ou seja, toda a sua coragem, todo o seu compromisso, todas as suas opções é que nos salvaram no passado, e nos salvam no presente.


Escutemos agora as palavras de Paulo:
Fil 2, 3-11: Ter os mesmos sentimentos em Cristo Jesus
“3Nada façais por ambição, nem por vaidade; mas, com humildade, considerai os outros superiores a vós próprios, 4não tendo cada um em vista os próprios interesses, mas os interesses dos outros. 5Tende entre vós os mesmos sentimentos, que estão em Cristo Jesus:
6Ele, que é de condição divina, não considerou como uma usurpação ser igual a Deus;
7no entanto, esvaziou-se a si mesmo, tomando a condição de servo.
Tornando-se semelhante aos homens e sendo, ao manifestar-se, identificado como homem, 8rebaixou-se a si mesmo, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.
9Por isso mesmo é que Deus o elevou acima de tudo e lhe concedeu o nome que está acima de todo o nome, 10para que, ao nome de Jesus, se dobrem todos os joelhos, os dos seres que estão no céu, na terra e debaixo da terra; 11e toda a língua proclame: "Jesus Cristo é o Senhor!", para glória de Deus Pai.”

Constatamos à primeira vista que Paulo, utilizando um cântico muito antigo da liturgia cristã primitiva, apresenta a Paixão de Jesus como uma descida até à cruz; verificando-se uma subida gradual até à exaltação em Deus. Isto retrata o movimento da vida de Jesus: Fidelidade até ao fim e até às últimas consequências, por isso, Deus o exaltou!

A lógica da kénosis, ou seja, do despojamento é da doação plena, da entrega, da gratuidade absoluta do amor no qual Jesus anula o próprio ser para que, tomando sobre si todo o mal, todos sejam tudo no espaço aberto desse divino auto-despojamento.

Aqui não se trata de um Deus que, sendo tudo, se faz nada, para que em si tudo seja possível, ou seja libertando-nos do pecado e da morte, mas antes um Deus que, nunca fica refém da glória dos nossos superlativos, ou dos nossos esquemas mentais. O despojamento de Jesus é o convite, sempre actual, ao desafio máximo de potenciação e superação de cada ser humano, levando-nos ao limite das nossas forças e experimentando a maravilha da entrega, do serviço, da paixão, do amor pelo ideal do Reino.

Jesus na cruz revela um Deus que manifesta-se às avessas e é só nessa lógica que podemos entender as Bem-aventuranças: Dois contrários absolutos unidos e com o sentido de rev“os pobres em espírito”!elar ao ser humano o caminho da felicidade. Sem a lógica da cruz e da entrega nunca entenderíamos essa lógica.

Cor 1, 17-31: Sabedoria do mundo e loucura da cruz
“17Na verdade, Cristo não me enviou a baptizar, mas a pregar o Evangelho, e sem recorrer à sabedoria da linguagem, para não esvaziar da sua eficácia a cruz de Cristo. 18A linguagem da cruz é certamente loucura para os que se perdem mas, para os que se salvam, para nós, é força de Deus. 19Pois está escrito: “Destruirei a sabedoria dos sábios e rejeitarei a inteligência dos inteligentes.” 20Onde está o sábio? Onde está o letrado? Onde está o investigador deste mundo? Acaso não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? 21Pois, já que o mundo, por meio da sua sabedoria, não reconheceu a Deus na sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os que crêem, pela loucura da pregação. 22Enquanto os judeus pedem sinais e os gregos andam em busca da sabedoria, 23nós pregamos um Messias crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gentios. 24Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é poder e sabedoria de Deus. 25Portanto, o que é tido como loucura de Deus, é mais sábio que os homens, e o que é tido como fraqueza de Deus, é mais forte que os homens. 26Considerai, pois, irmãos, a vossa vocação: humanamente falando, não há entre vós muitos sábios, nem muitos poderosos, nem muitos nobres. 27Mas o que há de louco no mundo é que Deus escolheu para confundir os sábios; e o que há de fraco no mundo é que Deus escolheu para confundir o que é forte. 28O que o mundo considera vil e desprezível é que Deus escolheu; escolheu os que nada são, para reduzir a nada aqueles que são alguma coisa. 29Assim, ninguém se pode vangloriar diante de Deus. 30É por Ele que vós estais em Cristo Jesus, que se tornou para nós sabedoria que vem de Deus, justiça, santificação e redenção, 31a fim de que, como diz a Escritura, aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.”


As ideias de Paulo sobre a cruz oferecem-nos uma abordagem totalmente nova sobre o rosto de Deus revelado por Jesus.
O que é que cruz nos diz a respeito de Deus?
Se é verdade que Jesus é que salva, não é menos verdade que só a cruz tem o poder de nos fazer ver como!? A cruz de Cristo continua ser o maior tesouro e esperança para a Igreja.

Deus age de forma oposta, à lógica que a humanidade espera de um Deus omnipotente: cria, a partir do nada; ganha, quando perde; sendo Deus, faz-se carne; faz das cinzas do pecado, os ramos festivos da graça; quando nos sentimos fracos, aí é que somos fortes; faz dos últimos os primeiros; transforma as sextas-feiras de paixão e luto em domingos de Páscoa e Ressurreição! A cruz esvazia-nos do vão orgulho das nossas boas obras, para que possamos confiar unicamente na força da Páscoa de Cristo!
Deus recusa regatear a sua graça com a humanidade, evitando assim qualquer tipo de orgulho espiritual pelo cumprimento ético das obras da Lei.

A loucura da Cruz é a loucura de um Deus que se entrega não só à morte mas, no contexto do mundo antigo, à mais cruel e “escandalosa” das mortes, assumindo e comungando o destino dos mais malvados dos homens. O que, no contexto da religião hebraica, aquele que declaravam “maldito de Deus” era apedrejado até à morte e depois “suspenso a uma árvore”. Dt 21, 22-23.

A cruz não apresenta somente um Deus derrotado e humilhado, mas revela todo o seu amor vulnerável, gratuito e absolutamente redentor pela humanidade. Isto em nada diminui a sua glória, porque Ele mostra que é Deus sendo poderoso na fraqueza, glorioso na humilhação, eterno no tempo, destruindo de uma vez por todas, a loucura humana do pecado e morte.

Não é suficiente saber que Jesus venceu a morte, mas saber se a sua cruz é suficiente para vencer as nossas mortes!
Não é suficiente saber que Cristo nos salvou, nos libertou, mas se vivo ou não, como salvo por Jesus!
Só os acontecimentos da Paixão de Jesus nos podem fazer entender um Deus que aceita um pecador como filho muito amado. É exactamente por este motivo que posso ter a confiança absoluta no amor de Deus, mesmo que perca a confiança em mim próprio!
As pessoas do nosso século gostam de viver cada minuto no limite e na intensidade da vida, como se não existisse amanhã, nem a virtude da esperança proporcionasse um horizonte transcendente; daí resulta do medo que sentem pela sua vida poder não vir a ter qualquer propósito ou sentido, gerando nelas uma ansiedade e angústias existenciais onde desembocam as neuroses e psicoses próprias do nosso tempo.

Os cristãos do nosso tempo ostentam orgulhosamente ao peito uma cruz como amuleto e vivem muito distantes daquilo que aquela representa: a doação, a entrega e do dom total da vida por amor, por fidelidade, por obediência a opções realizadas anteriormente.

Num tempo em que adoramos um “deus à la carte”, uma espécie de de “fast food” do colonialismo americano da McDonald’s, Jesus apresenta-nos a nudez e a crueza de uma vida doada por Amor e por fidelidade à sua missão e aos princípios inegociáveis do Reino.

Este trabalho foi feito e apresentado pelo Pe. Paulo Borges, aquando da visita da Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude a São Miguel Açores, no passado dia 19 de Agosto, numa conferencia realizada no Mosteiro Nossa Senhora das Mercês (Irmãs Clarissas) na Freguesia das Calhetas no Concelho da Ribeira Grande.

“Nós pregamos um Messias crucificado”. (Cor 1, 22-23) II


2ª parte
Com a sua Páscoa Jesus lança uma Nova Luz sobre Deus, o Homem e a sociedade:
Em Jesus brilhou um Novo Rosto de Deus

Mais importante do que acreditar em Deus é saber em que Deus se acredita! Sim, porque, talvez e sem nos darmos conta, podemos prestar culto a um ídolo, a um deus que escraviza, que faz sofrer, que aprisiona e maltrata o homem em vez de o libertar!!!

Os guias espirituais do tempo de Jesus puseram de lado o Deus que é Pai e Esposo, pregado pelos profetas, e apresentaram ao povo um Deus legislador, um juiz rigoroso, um Deus pronto a castigar os ‘maus’, a ter repugnância pelos pecadores e a andar de braço dado com os justos, porque servia os seus interesses.

A fé neste falso deus não comunica alegria, gera apenas tristezas, medos e angústias.
Quem ama verdadeiramente a humanidade deve lutar contra esta crença que oprime e sufoca cada iniciativa de amar.
Este raio de luz revelado na vida e no rosto de Jesus tem por finalidade libertar o homem de todos os medos de Deus.

Jesus ensina a ter medo do mal, ou seja, de tudo aquilo que impede e rompe o tal Espírito Fraterno que Ele veio instaurar.
Jesus nunca nos ensinou a termos medo de Deus, foram outros que, em seu nome, nos inculcaram isto nas nossas consciências, porque Deus é Amigo da Humanidade, é Esposo, é Pai e Mãe. A Ele nos podemos dirigir com a simplicidade e a confiança da criança, porque Deus ama com a mesma ternura os bons e os maus. (Mt 6, 6)
Dele ninguém, nem mesmo o mais miserável dos seres humanos, pode ter medo!!!
“Não foi para condenar o mundo que Deus lhe enviou o seu Filho, mas sim para o salvar” (Jo 3, 16-17).

Nada mais escravizante e perverso existe na religião do que criar um deus à nossa imagem e semelhança para servir as nossas intenções cheias de preconceitos e recalcamentos.
O Deus revelado por Jesus no NT não é mais um deus, mas sim o Único e o Verdadeiro porque não exclui ninguém; pelo contrário, é Único porque é para toda a humanidade e Verdadeiro porque revelou-se para salvar e libertar esta mesma humanidade.
O Cristianismo não é uma religião do Super-homem que cria ídolos e esmaga a liberdade dos seus escravos, mas é uma religião do Homem-Deus.

A prova mais evidente da divindade de Jesus não foi, por si só, os seus milagres, aquilo que disse, a forma como morreu ou até a ressurreição, mas foi a forma como viveu a sua humanidade, ou seja, Ele viveu autentica e intensamente o ser humano porque esteve sempre ao lado dos que mais precisavam, assumiu a causa dos que estão no último lugar da fila ou tabela e amou sempre e até ao fim! Por isso, tão humano, mesmo tão humano, como Ele foi, só podia ser Deus!!!

Nova luz sobre o homem
Hoje em dia, os que são considerados grandes neste mundo são aqueles que aparecem nos grandes planos dos meios de comunicação, aqueles que têm o seu nome nas primeiras páginas dos jornais, aqueles que coleccionam medalhas e troféus, aqueles que sabem manipular a bolsa e amontoam à custa do sangue dos outros.
No tempo de Jesus, eram os membros do sinédrio, os sacerdotes do Templo e os rabinos que gostavam de passear nas praças públicas para mostrar os seus galardões e escolher os primeiros lugares nos grandes banquetes.

Com Jesus dá-se a reviravolta dos valores deste mundo.
Para Ele o homem de sucesso não é o que vence, mas aquele que deixa vencer o amor;
Não aquele que domina, mas o que se põe ao serviço do outro;
Não é aquele que só pensa no próprio interesse, mas o que faz da sua vida um dom para todos.

Uma nova sociedade
Nós vivemos numa sociedade competitiva. E desde miúdos que nos colocam na cabeça que se não formos bonitos, inteligentes, ricos, simpáticos, fortes, de boa saúde não iremos muito longe.
Que luz projecta Jesus sobre esta sociedade? Que valores novos introduz?
Um dia, Ele sentou, pegou numa criança, colocou-a no meio e, abraçando-a disse aos Doze: “Todo aquele que receber uma criança em meu nome, é a Mim que recebe. E quem Me receber, não recebe só a Mim, mas também Aquele que me enviou” (Mc 9, 36-37).

No tempo de Jesus, as crianças eram o símbolo de quem não conta, de quem não tem valor, de quem depende completamente dos outros, de quem não produz nada, mas um dia já foi útil e agora só é um fardo para aqueles que lhes são mais próximos.
No mundo novo, as pessoas marginalizadas passam da periferia para o centro. A elas é oferecido o lugar de honra. A comunidade de Jesus “abraça” os pobres, as “crianças” e todos aqueles que precisam de tudo, talvez até de dignidade!
Este “abraço” não significa que aceita pacificamente os seus caprichos e favorece a preguiça, mas no sentido que as ajuda, as faz crescer e empenha-se a fazer com que se tornem adultas, auto-suficientes, capazes de projectar e construir a sua própria vida.

Aí eu percebo que o projecto de Jesus só podia ser por Amor. Então todo o bem que faço não pode deve por amor de Deus! Mas sim, por amor ao irmão, mas com o Amor de Deus; ou seja, como Deus o ama!
Jesus não veio criar um mundo diferente deste; Ele veio transformar este mundo, porque o novo mundo não está fora deste, pelo contrário, está dentro deste mundo.
Dá-se quando vivermos e nos tratarmos todos como irmãos. Jesus disse não chameis a ninguém de ‘Pai’, porque um só é o vosso Pai e vós sóis todos irmãos.

Todos nós somos iguais, porque todos queremos as mesmas coisas:
a) Não sofrer;
b) Ser feliz;
c) amar e ser amado;
d)
encontrar um sentido novo para a vida;
E, para isso, precisamos da ajuda dos outros. Enquanto não tornarmos a sério este projecto, o mundo novo não começa! Enquanto eu ficar de braços cruzados a ver a caravana passar, o mundo novo não começa!
Enquanto eu ficar à espera que os outros avancem com o primeiro passo, o mundo novo não começa!


Depois de Cristo já não há situações irremediáveis ou perdidas para sempre, apenas pessoas que deixaram de acreditar ou perderam a esperança. Ela renasce quando Jesus diz: “Quando eu for levantado da terra atrairei todos a Mim”(Jo 12, 32). É subindo ao monte calvário, abeirando-se da árvore da vida e colhendo o seu fruto mais precioso, Jesus Cristo, que nos possibilita o caminho de divindade, desejada desde o Éden.

A bússola do crente não é um mapa astral com os símbolos do zodíaco, mas a cruz de Cristo que lança luz em todas as direcções da sua vida.
Seis casos concretos onde a cruz de Cristo pode dar sentido:
1. Um jovem que se mete na droga?
“Vai, vende tudo o que tens e depois vem e segue-Me”.

2. Alguém que perde o seu emprego?
“Procurai o reino de Deus e a sua justiça e o resto ser-vos-á dado por acréscimo”. “Todo o trabalhador merece o seu salário”.

3. Um casal que após 20 ou 30 anos de casamento, divorciam-se?
“Não separe o homem o que Deus uniu”.

4. Um casal que vai casar pela igreja?
“Maridos amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja”.

5. Uma família que vê nascer o seu primeiro filho?
“Alegrai-vos antes, porque os vossos nomes estão escritos no Céu.”

6. Uma pessoa com cancro terminal?
“Eu sou a ressurreição e a vida, quem acredita em Mim, jamais morrerá”.


Experimentar a “cruz de todos os dias” é fazer a experiência do sofrimento, da doença, da morte, do cansaço, do fastio, do vazio, do sem sentido da vida, das opções erradas, da angústia, do medo, da insegurança, da mágoa, da amargura, do fracasso onde somos experimentados como ouro no crisol.

No entanto, todas essas experiências não são mais do que convites a crescermos e amadurecermos as nossas opções! Com Jesus e a sua fidelidade até à cruz, aprendemos a enfrentar a vida e tudo o que ela implica com a mesma decisão, coragem e compromisso com que Ele viveu, inclusivamente, a cruz, o momento de maior prova: enfrentou-a de peito aberto e nunca renunciando à forma como sempre viveu: aconteça o que acontecer Ele não iria desistir!
Se vivermos da mesma forma as nossas cruzes, elas tornar-se-ão lugares de encontro e sacramento da revelação de Deus.

Este trabalho foi feito e apresentado pelo Pe. Paulo Borges, aquando da visita da Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude a São Miguel Açores, no passado dia 19 de Agosto, numa conferencia realizada no Mosteiro Nossa Senhora das Mercês (Irmãs Clarissas) na Freguesia das Calhetas no Concelho da Ribeira Grande.


Recomeça...

Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
Sempre a sonhar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde com lucidez, te reconheças.


Miguel Torga

domingo, 15 de agosto de 2010

Felizes os que Acreditam na Palavra do Senhor !

Solenidade da Assunção de Nossa Senhora
Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre.

Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”. Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva.

Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes.

Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.
Fonte: Biblia Sagrada (Lucas 1,39-56)

Salmo 8 "Hino ao Criador do Homem"

Ó SENHOR, nosso Deus,
como é admirável o teu nome em toda a terra!
Adorarei a tua majestade, mais alta que os céus.

Da boca das crianças e dos pequeninos
fizeste uma fortaleza contra os teus inimigos,
para fazer calar os adversários rebeldes.

Quando contemplo os céus, obra das tuas mãos,
a Lua e as estrelas que Tu criaste:

Que é o homem para te lembrares dele,
o filho do homem para com ele te preocupares?

Quase fizeste dele um ser divino;
de glória e de honra o coroaste.

Deste-lhe domínio sobre as obras das tuas mãos,
tudo submeteste a seus pés:

Rebanhos e gado, sem excepção,
e até mesmo os animais bravios;

As aves do céu e os peixes do mar,
tudo o que percorre os caminhos do oceano.

Ó SENHOR, nosso Deus,
como é admirável o teu nome em toda a terra!

Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude visitará a Diocese de Angra


Integrado no programa da sua visita a Portugal, nos próximos dias 18 e 19 estará na Diocese de Angra, mais concretamente na Ilha de São Miguel, a Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude.
Está é a primeira vez que a Cruz dos Jovens, ou Peregrina, visita os Açores.


Tudo começou a 31 de Março de 1985, uma ano antes das primeiras Jornadas Mundiais da Juventude, quando o Papa João Paulo II entregou uma Cruz aos jovens do mundo inteiro, que desde então tem sido uma ocasião de aprofundamento da fé e de reconciliação para milhões de jovens de todo o mundo.
A visita da Cruz das Jornadas Mundiais à Diocese será, certamente, um grande momento pastoral e espiritual e pretende ser um momento forte na vida dos jovens e da Igreja Açoriana.

Dia 18

20h00: Acolhimento no «Aeroporto João Paulo II» de Ponta Delgada pelo Bispo Diocesano com um Coro e Orquestra juvenil
20h30: Cortejo automóvel até à Rotunda da Autonomia
20h45: Caminhada até à Igreja Matriz de Ponta Delgada
22h-02h00: Acolhimento, celebração da Palavra e Adoração eucarística na Igreja Matriz


19 de Agosto
08h30:
Eucaristia na Matriz de Ponta Delgada
09h15: Tempo de Adoração e Sacramento da Reconciliação
10h30: Visita ao Lar da Mãe de Deus
12h00: Visita da Cruz ao Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres
15h00: Via-Sacra no Santuário do Senhor Santo Cristo
16h00: Cortejo automóvel para o Mosteiro Nossa Senhora das Mercês (Clarissas)
17h00: Adoração Eucarística
20h30. Conferência: “Nós pregamos Cristo Crucificado” (1 Cor.. 1,23)
Pelo Pe. Paulo Borges
21h30. Solene Eucaristia da “Exaltação da Santa Cruz”;
23h00: Cortejo Automóvel até à torre de Controlo do Aeroporto João Paulo II
23h30. Cortejo a pé com a Cruz até à aerogare do Aeroporto João Paulo II


Presentes nesta visita estarão as Bandeiras de todos os Municípios Açorianos bem como de todas as Freguesias de São Miguel.
Todos os actos celebrativos desta visita serão animados por um coro de cerca de 50 Jovens acompanhados por uma orquestra, também composta por jovens.
O Serviço Diocesano da Pastoral Juvenil está fortemente empenhado nesta visita e pretende que ela seja um marco importante na vida dos Jovens e da Diocese.


P. Norberto Brum (in Agencia Ecclesia)

BIBLIA = BIBLIOTECA

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Trabalhos em PowerPoint disponiveis para Download

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Obrigado pela sua visita
Volte sempre e
fique com Deus!

"Porque esta PALAVRA está muito perto de ti, na tua boca, e no teu coração, para a cumprires" (Deut.30.14)