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EVANGELHO QUOTIDIANO

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Lectio Divina - Cireneu




Lectio Divina - Cireneu

Para preparação, meditação e vivência da Semana Santa e Páscoa do Senhor

(documento adaptado de diversas fontes) Pe. Vítor Medeiros

Pelo Grupo Bíblico S. Miguel

 

Prepare um momento e lugar tranquilo.

Invoque o Espírito santo para que abra a sua mente, coração e a sua boca para reconhecer e proclamar Jesus de Nazaré, o servo de Deus, o Messias Crucificado e o Salvador do Mundo.

 

Do Evangelho de S. Marcos 15, 21-22

Requisitaram, para Lhe levar a cruz, um homem que passava, vindo do campo, Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo. Conduziram Jesus ao lugar do Gólgota, que quer dizer "Lugar do Crânio".

 

1-  Leitura do Texto

(Lenta e cuidadosa; para escutar o que Deus nos quer dizer; relacionar com o todo da Paixão de Jesus; pode repetir a leitura; imagine-se presente no episódio, no mesmo acontecimento; e se fosse nos dias de hoje, na sua freguesia ou cidade? Como revejo o episódio? Como me sinto?)

 

2-  Meditação

(procurar perceber o que Deus me quer dizer através do texto. Não será outra leitura, mas uma escuta)

 

Estamos na Semana Santa, a Semana Maior e central da nossa fé. Sou convidado a acompanhar os passos de Cristo nos seus últimos dias (Narração da Paixão do Senhor Mc 14, 1 - 15,47).

O texto apresentado é prova do estilo de S. Marcos: simples e sóbrio, sem adornos ou coisas desnecessárias; e, nesta passagem, quase insensível, deixando todo o sentimento para o leitor.

(ex: Conduziram Jesus ao lugar do Gólgota, que quer dizer "Lugar do Crânio"- lugar, fora da cidade, segundo Heb 13, 12, que serviria para as execuções públicas).

O leitor é desafiado a tomar uma posição, uma atitude: sigo-O ou deixo-O carregar a cruz sozinho?

Simão de Cirene foi designado para levar a Cruz (cf. Mc 15, 21; Lc 23, 26), certamente não queria levá-la. Chamaram-no, forçaram-no. Teve de ser obrigado. Quanto durou este constrangimento? Quanto tempo terá caminhado ao lado de Jesus, fazendo sentir que nada tinha a ver com o condenado, com a sua culpa, com a sua pena?

Porém, Marcos deixa entender que ele se tornou discípulo. A referência exacta aos nomes, faz crer que Simão e os seus filhos deviam ser conhecidos em alguma comunidade cristã primitiva. A tradição afirma que pertenciam à comunidade dos cristãos de Roma (cf. Rm 16, 13). A importância do gesto fez com que o seu nome (cireneu) passasse a designar uma obra de caridade, porque leva a carga de outro.

Caminhava ao lado de Cristo sob o mesmo peso. Simão de Cirene, emprestava a Jesus os seus ombros, sempre que os ombros do condenado pareciam vacilar.

Ele estava tão perto de Jesus! Eu queria estar perto de Jesus? Queria estar no Lugar do Cireneu? Teria forças? Estaria também dividido? Quanto tempo terá passado o Cireneu interiormente dividido, sem nada querer com aquele homem condenado? Em que momento o seu coração se voltou para Deus? Em que olhar de Jesus? O olhar de silenciosa gratidão?

Para muitos a ideia de precisar da ajuda de alguém, de um estranho, pode ser humilhante. Porém, é uma realidade diária e constante. Faz parte da nossa condição humana. E isto foi abraçado por Deus em Jesus. É


Deus a precisar de nós! É Deus a precisar que alguém o ajude a carregar a cruz e a continuar o seu caminho! Ao ver Jesus caído ou a cambalear, terá alguém gritado compadecido: “Alguém o ajude!” Jesus que disse que cada um deveria tomar a sua cruz para O seguir, precisa agora de ajuda para levar a Sua. Num mundo que proclama que cada um tome conta de si e que o ideal é não precisar de ninguém, Jesus continua a contradizer-nos e diz: “não faz mal precisar dos outros”. Em qualquer momento, pode acontecer uma doença, uma urgência, um acidente, um sufoco por falta de trabalho ou de dinheiro… e, assim, experimentamos a obrigação de carregar a cruz, quando a menos esperávamos; experimentamos a necessidade de ajuda e recebemos uma ocasião de intimidade com Jesus, carregando a cruz, e com os irmãos, no amor partilhado, no auxílio e alívio dos nossos fardos. Nem sempre é fácil saber como ajudar, como dar e colocar a nossa vida ao serviço dos que precisam de nós, mas não deve ser essa dificuldade que nos tornar próximos uns dos outros! Pensamos por vezes ainda, “já temos as nossas cruzes, não posso carregar a dos outros” e passamos ao lado, escondemo-nos; perdemos a oportunidade de testemunhar e amar Jesus e os irmãos. Mas Jesus neste episódio, da sua Paixão, prepara-nos para sermos Cireneus que ajudam a carregar a Cruz! Não podemos esquecer que ao longo da nossa vida presenciamos tantas mãos prontas a ajudar… Sou dessas mãos prontas para ajudar, servir, perdoar, abraçar, consolar…? Por isso deixa, agora, Jesus perguntar: Levas, verdadeiramente, a Cruz Comigo até ao fim?

 

3-  Oração

(resposta a Deus; a minha vida; a minha história pessoal, a minha situação neste momento conta; deixar que o nosso coração fale a Deus; momento de exame de consciência, de desabafos e petições; é o diálogo com Deus)

 

Jesus

Possa eu aceitar ajuda sem vergonha sempre que dela precise

E possa ficar ansioso por oferecê-la quando os outros dela necessitem. Que a nossa dependência mútua seja uma fonte de alegria

E uma ocasião de graça,

Entretecendo-nos na comunidade do teu amor. Ámen.

 

4-  Contemplação

(já não são necessárias palavras; é o momento de fazer silêncio, de nos calarmos e adorar e louvar o Senhor numa atitude de entrega)

 

 

Para terminar:

Recitação do Pai-Nosso

Fazendo o sinal da Cruz diga:

O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna. Amém



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